NAVEGANTES

No eflúvio das ondas de cálida ternura,

Navegam os corações uníssonos

E na âncora do amor se entregam

Entre matizes sob o ar flumíneo!

Um marinheiro guia

Os destinos da mocinha

Pelas ondas do mar do amor

No esplendor da maresia!

A natureza festiva

Desenha proezas, fulgores...

Os pássaros entoam hinos!

Fulguram-se olhares de amores!

Peregrinos navegantes!

Devastam mares longínquos...

São seres que buscam luzes

Nos abissos oceânicos!

Foram por Deus escolhidos

A seguir o mesmo caminho,

Em corpos e pensamentos unidos

No sonho azul do infinito!

Na brisa do cais distante,

O crepúsculo se faz dolente...

Os corpos então se enlaçam

Dando adeus ao sol poente!

(Macris e Antenor Rosalino)