FIZ SILÊNCIO E CHOREI...

ATÉ A MADRUGADA


Sim, eu chorei. Dentro da noite.
Pela mazela que estive sobrevivendo...

 

Sim, eu chorei. E todas as minhas lágrimas

Me refizeram. Lavaram minh’alma adolescente.



Fiz silêncio, lágrimas escorrendo
Meu triste peito deu-lhes acoite

 

Vetei as dores, decretei que era hora

E da solidão desapeguei-me sem demora.



Sim, eu chorei. Dentro da noite.
Agradecendo. Sorrindo. Sofrendo

 

E cada lágrima tinha gosto amargo

Gosto de despedida na madrugada.


Lacrimejando, fiquei em tresnoite
Aos poucos, fui ao Pai bendizendo

 

O pranto derramei sem pudor

Pequeno,  quedei-me em oração.

Todo o tempo que tenho te querendo

 

Pertencendo-te sem reservas...


Chorei... Dentro da noite...

 

Então sorri para as estrelas

Pedindo abrigo... um louco a gargalhar

Para o infinito...

 

Sim, eu sorri. Dentro da noite

E a lua com sua quietude platinada

Acalmou  os meus pensamentos

O  pranto já não se fazia necessário.

 

Denise Severgnini & Fátima Mota

 

 
FATIMA MOTA
Enviado por FATIMA MOTA em 15/06/2009
Código do texto: T1650885
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