MINHA SAUDADE É TUA
Esta saudade enorme de ti
É a maior que eu já senti
É tão grande que destrói
Tudo assola e desconsola
No armário ao ver tua camisola
Vem junto um ciúme que desola
É um bichinho que rói e corrói
Entristece, esmorece e como dói
Quando não quero nem sequer pensar
Para ver se eu me esqueço da danada
Ela volta a abusar bem compenetrada
Aí eu me ponho sofrido a meditar...
Pois ela é meu fim e meu começo
Com ela é que traço os meus versos
Mas se a vejo chegar viro do avesso
Teu sorriso é tão belo e não tem preço
O teu sol me descortina e tudo ilumina
Mais até que todas as velas e lamparinas
Só posso reconhecer que é minha sina
Que ao mesmo tempo fascina e alucina
O jeito é voltar aos meus braços, menina!
Dueto: Lourdes Ramos e Hildebrando Menezes