INSANO QUERER - RR & Stephane Figueiredo

Eu:

O que dizer da insônia que me obriga aos pesadelos que te sonham?

Sou homem de perdas que ganham, sempre que me vejo atrelado a ti;

Porque deliro ao intuir te possuir quando teus beijos imaginários me banham;

Tua boca me provoca e tuas unhas me arranham, quando teus olhos me chamam, não sei não ir!

Ela:

Pela minha incansável negação;

Vou até uma limitação sentida;

Porque sei quando estou me envolvend;

E é quase possível ver o fim.

Eu:

E eu não duvido que me aches nesse túnel de incertezas;

Sou a sombra das múiltiplas belezas que adornam tua fuga;

Pois quando teu olhar me suga e derruba todas as minhas fortalezas;

Sigo fiel às correntezas abstratas que me enunciam tuas juras!

Ela:

Entre meus medos te encontras, porque já é cicatrizado;

Talvez faça parte de ti, o caminho que sempre evito;

Mas... previna-se...aqui é muito doce intenso;

E logo fica tudo nauseado!

Eu:

Então que as cicatrizes sejam ferimento fustigado;

E meu peito inteiramente deflagrado não renuncie jamais teu cio;

Que em teu arado de delicias eu me guio e dele tenho me alimentado;

Já que nos teus encantos tem nadado, faz deste louco deslumbrado teu rio!

Ela:

Por qual razão não recua desta que premedita tudo?

Vai acabar como os outros e eu mais uma vez a viúva-negra.

Não espere nessa mistura de sintonias mudar o fim,

Eu só aceito se estiver no controle e sempre termino sem final feliz.

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Stephane já me tirou o fôlego muitas vezes, por isso agora eu lhe tiro o chapéu. Palmas e obrigado, a ti espetacular musa!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 23/04/2009
Código do texto: T1555569
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