Foste.... és...
Foste meu sorriso na madrugada
Meu manto em noites frias
Minhas lágrimas na alegria.
tu és ainda a minha doce alvorada
flor viçosa que me arrelias
olhar profundo que me enebria
Foste o céu que encobria meu corpo
As palavras que nunca disse,
As mágoas que nunca vivi.
porque dizes "foste" se não sou morto
tu que és na infinitude o meu fetiche
pudesse eu voltar já para ti
Foste meu sonho, meu pesadelo
A minha confusão mais confusa...
Minha névoa, meu terror.
tu serás sempre no carácter um modelo
flor rebelde minha alma lusa
que guardo no coração com fervor
Foste minha vida, já perdida
Minha emoção sempre sentida
O mundo ao meu redor.
a vida que passou é já ardida
havemos de viver amor nova saída
cantar de ti a esperança em ser maior
Foste uma luz na escuridão
Um esquecimento nunca esquecido
Um fogo que ainda arde.
porque sinto ardente tua paixão
revolvo-me na angústia de ter perdido
a chama que ilumina a outra parte
Foste... és... sempre serás...
Uma recordação sempre presente,
Um amor, para sempre, vivido.
quero estar colado a ti e não atrás
ser do sonho a alma o corpo que se sente
retira o "foste..."e voltarei ao prometido
Dueto Catarina Camacho & João Raimundo