DEVANEIOS VIRTUAL...

Estive pensando que ainda não publicara um dueto...

Esse nasceu do diálogo (via net) com uma amiga especial

(que mora em meu coração, sem pagar aluguel)...

Achamos por bem, atribuir um pseudônimo por questões éticas...

ANA NOEMI – Bom dia (Boa tarde, Boa Noite) amigo, irmão...

Olha eu por aqui de novo, mas (novamente), com os dedos...

Antes de tudo um grande abraço assim, do meu jeito...

Sinto imenso prazer em conversar através do dedilhar nessa máquina, mantendo o silêncio que me envolve.

Gosto da maneira como vais conduzindo o pensar, gosto de escutar, gosto da maneira que usas para "pensar" essa existência.

Isso termina sendo balsâmico.

FCHAGASS – Bem... Antes de tudo, Bom dia, (boa tarde, boa noite)... O Aurélio significa a palavra balsâmico como:

“Da natureza do bálsamo” (“perfume, aroma; conforto, consolação”).

Assim, entendo que os escritos terminam por fazerem isso...

Conversar através dos dedos tem se tornado quase um modismo... Espero que isso não seja uma desculpa para transformar (essa geração) em seres “virtuais”

– que aposentaram o olho a olho, com a desculpa que é possível fazer uso dos “dedos”...

Contudo, ainda bem que existe esse meio de comunicação

(quando fica impossível usar o meio comum...).

No passado, muitos não tiveram essa oportunidade de se comunicar.

Em meus devaneios penso em histórias como essa no filme “O Conde de Montecristo”...

Tudo que vemos, ouvimos, etc. Nos leva a devaneios e penso sobre esses detalhes de possibilidades ou falta delas...

ANA NOEMI – Falar sobre algo balsâmico é pensar no valor das coisas abstratas que encontramos na amizade, no cantar dos passarinhos, numa gota de orvalho... porque a sociedade pós–superficial

(como dizes)... Joga pessoas nas ruas...

Encontramos (pelas esquinas da vida), pessoas vivendo momentos terríveis (em casa, nas ruas, na fazenda...)

e, em alguns casos, a coisa está tão inflamada que existe ferida sobre ferida.

Em outros casos, são acusações bárbaras (infundadas); levando pessoas próximas a loucura... Por palavras e atitudes.... Especialmente, porque, sabemos que se a família tomasse a decisão de colocar um ponto final na questão, presenciaria um espetáculo inverso, fazendo de conta que tudo não passou de um momento de estresse...

FCHAGASS – Entendo, encontramos muito disso por aaqui (também)... Pessoas assim, usam mil argumentos... Não conversam, não tem amigos, apresentam (visivelmente) uma conduta meio deselegante... Nem essas pessoas teriam paciência de ouvir a si mesmas...

Isso me faz lembrar de um caso humorístico, em circulação, segundo o qual o paciente diz pro médico:

“Doutor, estou com um papo tão chato”.

O médico lhe diz:

“Que nada, algumas pessoas não têm interesse em nossa conversa”...

O paciente diz: “Não é o meu caso. Converso comigo mesmo e, pense que coisa chata...”

ANA NOEMI – Entendo que cada um dá o que tem... Ninguém pode apresentar uma face oposta ao que de fato é...

Assim, em meio aos devaneios, fico pensando se, as pessoas amarguradas pelas esquinas da vida, estão angustiadas mesmo (no presente momento) ou deixam aflorar o que já existia somente dentro de casa, com parentes e amigos... despertando compaixão, pela desestrutura e solidão -

não gostam de música, da leitura de bons livros;

não gostam de escrever,

não gostam de sentar na praça pra um bom papo...

FCHAGASS – Percebo que, em momentos assim, essas pessoas “exigem” das outras que as “tolerem” –

Conheci a história de um sujeito que, chegando bêbado em casa, a família era obrigada a ouvir seus “discursos” até ele decidir que havia encerrado.

Ninguém devia “pregar o olho”, senão era acusado de desrespeito... Ele ficava enfurecido e, quem estivesse por perto teria que “comer sem fome”, “dormir sem sono”, etc...

Permanecer em silêncio porque os sons ”não lhe agradavam”...

ANA NOEMI – Bem, uma vez que estamos neste devaneio,

vamos completar pensando que, certamente, ficam furiosos porque não concordam que alguém (da família) passe muito tempo no computador (acessando a Internet)

com quem tenha afinidade pra diálogos...

Causam pavor, provocam escândalos...

Você sabe como é: nós mulheres, temos,

naturalmente a meiguice feminina que DEUS nos dá e, uma vez que na família de homens chegados a um comportamento estressado; essa meiguice os fulmina...

FCHAGASS – Bem, no momento vou fazendo uma pausa...

ANA NOEMI – Eu também...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 15/04/2009
Reeditado em 15/04/2009
Código do texto: T1540700
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