É DESSE MODO QUE TE AMO - RR & Dominique

Ela:

Decides os meus próximos passos, sentencies meu coração;

Reverte meu quadro hipnótico, me incendeia apenas no olhar;

Dizes o que sonhas pro meu mar, com o sopro de tua paixão;

Sondas meus mistérios sem precaução, me conduz a levitar!

Eu:

Dadas as rédeas de teu coração ao controle de meu bem querer;

Vou te deter sob os quentes lençóis da paixão resoluta;

E a sofreguidão devoluta tratará de tornar promíscuo teu ser;

Pois irei te erguer e a hipnose manter pra sorver teus sabores de fruta!

Ela:

És meu profético jardim, com perfumes a revoar;

Sonhas os toques de meus dedos levianos em teu rosto;

Pressinta o quão suaves meus lábios te beijariam no amar;

Será devaneio ou será teu delírio de maior gosto?

Eu:

Que devanear me seria irrigado em maior concretude?

Falas da suprema solicitude que minha volúpia sempre em ti desenhou;

Foi teu beijo que o meu tanto sonhou e teu toque a mais anelada atitude;

Amo tua superfície e caço tua latitude, minha saúde é teu amor!

Ela:

Decifras então meus enigmas, pra que eu te revele os seus;

E te demonstro que não há mais incógnitas irreveláveis;

Vem agora, trazendo teus abraços para os braços meus;

Acariciando sempre nossos versos trocados em tempos inesquecíveis!

Eu:

Versos de ternura e libido, cujo infinito é bem menor;

Que nos açoitam sem dó e ao nos descrever perfaz revelação;

Deles foge a irradiação que nos possibilita a aproximação e o nó;

Sempre os revejo pra nunca estar só, neles abraço teu coração!

Ela:

Então meu sereno poeta, proponha até os sintomas;

Deveras a febre me toma, o corpo grita na madrugada;

Pela noite te repensa e na manhã te retomas;

É assim o querer da odalisca por ti retratada!

Eu:

Há muito que teu corpo me fez sereno enlouquecido;

A tua dança ainda tem me invadido e o teu cheiro qual fluido de perturbação;

Porque te agarro sem a mínima contenção e te condeno ao gemido;

E o que já era ainda tenho sido, o teu senhor, o teu sultão!

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Duetar com Dominique é descobrir que o paraíso das delícias imaginárias nunca será mito. Obrigado minha linda poetisa, por mais esse privilégio!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 14/04/2009
Código do texto: T1538780
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