Duvidas do meu amor?!
Vai pensando que é só chegar...
Com versinhos bonitos e jogar
Um charminho que eu vou-me
Apaixonar?
Recebi o teu viril recado
Pra te amar com cuidado
E corri logo apressado
A mostrar que estou interessado
Nestes versos aqui derramados...
Você poeta está muito enganado
Precisa muito mais que palavras
Para me fisgar e levar às alturas
Mas não sei se consigo te elevar
A planar ou pular lá nas nuvens
Mas prometo cócegas e cafunés
Quem sabe até coçadas no teu pé
Sei... Precisa chegar com jeitinho...
E com muito carinho tocar o coração
Que tal então um cineminha com pipoca
Beijinhos com gostinho de tapioca
Cheirinhos suaves e bem safadinhos
E àqueles nossos apertos escondidinhos
Sei que o caminho dessa princesa é longo...
Não! Precisa dizer que me ama
Que sem mim nada tem graça
Daí talvez eu preste atenção em você
Mas isso você já sabe e não nego
Que eu quero é te tirar o sossego
Ou quem sabe aliviar com dengo
E pra chegar ao teu irrequieto ponto...
De A até Z que te dê grande prazer
Eu sou exigente, gosto de ser exclusiva
A única do teu harém
Não gosto de concorrência
Se você não acredita paga para ver
Talvez amor até escorregue lá pelo teu ponto G
Mas passarei no C do coração e aí será explosão!
E eu fico matutando assim feito ouriço em pilha
Mais aceso que cassetete de polícia daí da ilha
Quando sinto a doçura da tua sadia malícia
Porque eu sou bem sincera
Com o amor não se brinca
É coisa muito séria para ser sentida
E depois bem vivida a dois
Ah! Minha amada... Não me atiça
Com teu corpo e verso que enfeitiça
Fazendo da tua pele o meu vício
Onde atrito os meus beijos e umbigo
Então se estiver preparado...
Não perde mais tempo...
Embarca comigo e segue viagem
Sabes que navego amor por ofício
Sem causar quaisquer malefícios
Nem vou te encurralar nem fazer bico
Mas vou mergulhar na tua boca
Com a língua meio louca e rouca
Com meus gestos e manifestos
Sussurrarei o que penso e se presta
Aportado nas tuas curvas e brechas
Hei de ancorar e fazer em ti a festa
Em todas as direções, pólos e frestas
Aposto na profusão dessa fusão poética
Dueto: Christine Fujiwara & Hildebrando Menezes