Soldado Magno

Quando profundo, quando fechado, desço ao horizonte por trás do poço em meu âmago de homem feito de sonho]

Já tentei segurar a ponta da corda do balão colorido que me puxava para cima, ao sol, mas...]

Reencontro-me neste campo aberto por sobre toda a tonelada-aterrada

Quando masculino, quando ombro, pescoço, osso, músculo e barba, decido abrir um olho de pássaro ao que queira em minha direção esbarrar]

Estou em cima do monte, não preciso de asas para me elevar

Apoiado nesta titânica baleia, piso as muitas cabeças minhas que se puseram, noitedia, a pensar as superfícies que se ofereciam em simplório a meus olhos]

Agora os terrenos se mostram iluminados ao meu lúcido contemplar, firme em galantes ossos]

E eis, como um navio trotando a terra bruta, um colosso de pêlo, carne, gordura e sombra]

Surge o arauto secular de meu ser, cujos olhos furiosos mantêm-se mansos]

Assim resto diante de mim e o que vejo é um javali selvagem aguardando quente o abrir do meu peito]

Assim eu observo, não-solene, a multidão que me espera

Multidão de minha terra conhecida, que me governava único em monarquia de muitos]

Escalo então o lombo-montanha do berserker de minh’alma

E pacientemente encontrado onde reencontro meu eu escavado, destruo castelos como se nascido para depor gerações de reis]

Empunho meu gládio com cheiro de falanges romanas em direção aos pescoços abertos de cabeças fechadas]

Abro-lhes a artéria de tais hunos, que não jorram sangue, mas secura em riste]