Dueto: De repente

um poema feito de improviso por mim e por meu amigo poeta Sandro

Moço dos olhos fundos

nas tuas longas madeixas

deixei de navegar

MOÇA DAS LONGAS MADEIXAS

EM TEUS OLHOS

TENTO ME ACHAR

Moço da palavra bonita

à tua poesia

vou me entregar

SE ENTREGAR ASSIM

É UM CAMINHO SEM VOLTA

ONDE O NOVO É CAOS ,SEM RUMO , SEM CHÃO

Caos desejo não

então percorro caminho inverso

e mergulho na solidão

A SOLIDÃO AFASTA A INCERTEZA

E TODO MERGULHO É A VIDA

NO UNIVERSO EU PERCORRO E CAMINHO

Poeta, não!

a solidão me faz mergulhar no abismo

da tristeza e triste me quedo

EIS QUE ME ERGO

EM ROMPANTES DE CORAGEM

A POESIA ME ILUMINA E DIANTE DAS TREVAS

VIVO A LUZ QUE ME GUIA

Aqui vou eu

poeta querido, procurar motivos

para alegria: vida, flor, cores e amores

pois só, eu morro

POR QUE ESQUECER QUE FAZEMOS PARTE

DE ALGO MAIOR QUE NÓS MESMOS?

POR QUE VIVERMOS UNIDOS

À VISÃO SOLITÁRIA DA UNIDADE, POR QUÊ?

NUNCA SE ESTÁ SÓ

APENAS ESQUECES O QUE TU ÉS

Feliz tu és, querido meu

por seres assim, superior

eu, simples mulher, só não fico

ou à morte, meu castigo

me entrego

TE ENTREGUES A MIM

TENTES A SORTE

ESQUEÇAS A MORTE

QUE FAZ SEUS PRÓPRIOS

OS DIAS DE OUTROS

A ti me entrego

sob uma condição

que seja de corpo, alma e coração

e aí sim

à morte digo adeus

DIGAMOS ADEUS ENTÃO

QUE A MORTE PERCA SUA FOICE

E CEIFE A CHAMPANHE DE NOSSA ALEGRIA.

Sonia e Sandro

Sônia Casalotti
Enviado por Sônia Casalotti em 21/01/2009
Reeditado em 22/01/2009
Código do texto: T1397282
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