Chama Fantasia ( Continuação)
Na flor da idade
Me pegue, me abre
Arrebenta o lacre...
Chama fantasia
Suga meu mel com vontade
Fertiliza-me, à novas paisagens.
( Xama )
Rompendo o lacre
Com doçura fulminante
Fiquei lacri(a)mante...
Sugo teu mel de abelha, pois não!...
Dá um baque no coração
Deste pobre zângão.
(HENRICABILIO)
Delícia de sensação.
Potente ferrão
Morre de tesão...
( Xama )
Meu ferrão é como um narcótico!
- Há que levar para o anedótico
Senão o poetrix vai para o erótico - .
Falei em grande ferroada.
A Sónia, com insónia, ri-se e disse:
Não senti nada!!!
(HENRICABILIO)
Rio da dor
Nos teus olhos de mar;
Afoguei minhas lágrimas.
Oculta em tuas asas.
Brilham meus espelhos nágua;
As ondas me arrastam...
Me perco nas palavras;
Sou vítima, sou culpada...
A inspiração é mágica.
E ela acontece...
Quando a emoção te caça;
Nesta canção poética, exagerada
Longe de qualquer lugar;
Tudo e nada.
( Xama )
Em meus olhos de mar,
Hás-de vir navegar
E querer naufragar.
Quando o naufrágio acontecer
Meu coração é a jangada
Para onde serás jogada.
Quem aporta em meu peito
Nunca verá um sonho desfeito
Em meus braços terá seu leito.
A vida faz-nos inspirar;
O amor suspirar;
O sexo transpirar.
Com palavras agitamos sentimentos
Cantamos bons e maus momentos
Ouvimos a voz dos ventos.
Minha espada é a caneta,
Com que me afirmo poeta...
A Vida é tudo isto e etecétera...
(HENRICABILIO)
...e assim, as cortinas se fecham;
-O show terminou em promessas
Na voz do vento na janela.
Movida por seu afã,
de novas descobertas...
Agitando nossas almas poéticas!
Como labaredas em seca relva.
Incendeiar o céu e a terra;
Filosofar odisséias.
Desfazendo tabus;
Contadizendo regras...
... da moral, da ética.
Das realidades opostas,
Arrancar portas e janelas;
Longe e dentro das guerras.
( Xama )