Amar, Amar, Amar ...



Vem,
me abraça,
sente
meu carinho,
que não consigo
deixar de sentir ...
(ivi)

Sonhava com castelos, a donzela
Pensando ser talvez um cavalheiro
Aquele que entre trevas se revela,
Apenas, tão somente um escudeiro.

A noite sem luar e sem estrela,
Trazendo o seu encanto derradeiro,
À luz deste cometa ela se atrela
E morre num poema corriqueiro.

Balbuciando frases sem sentido,
A dama se perdendo em triste olvido
Não vê que quem deseja não vem mais.

Contenta-se com tolo menestrel
Que finge ser real o seu papel
Entregue aos seus delírios forja um cais...
(Marcos Loures)