O peso do mundo

Posso falar do impossível, mas não me escutarão

Posso andar no limite do meio fio, não encergam-me

Meu olhar quer dizer algo, que ninguém entenderá

Apenas me fazem invisível nesse mundo sem encantos

(saamy)

A solidão impregna meu mundo com sombras nefastas

As cinzas do passado insistem em perseguir-me relutantes

Quero esquecer cada lágrima que em vão deixei rolar

E fazer-me visível nesse mundo de belezas escondidas.

(marina)

O sol que insistem em aquecer este corpo frio

Nada consegue fazer no congelado coração doentio

Palavras póstumas me serão proferidas por hereges

O sorriso no rosto meu, nada dirá sobre mim

(saamy)

Aprisiono em mim palavras que lutam pra se libertar

Meus olhos refletem em sua profunda amargura a tristeza

Que faz meu coração inerte e gélido com torpe doçura

De cada palavra que guarda em segredo até a morte.

(marina)

Eles importam apenas em fazer-me desistir da vida

Sem que minha fulgura de lágrimas não os corrompa

Memórias implantadas de um passado que não me pertence

Eu sempre direi, que não devo pertencer a esse mundo

(saamy)

Posso chorar o bastante para fazer transbordar o mar

Mas nem todas as lágrimas que derramar em minha dor

Mostrariam o quão entorpecido este coração estupidamente bate

E em cada palpitar lembra o quanto desejo que arranque essa dor.

(marina)

Marina Dalmass
Enviado por Marina Dalmass em 30/11/2008
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