O peso do mundo
Posso falar do impossível, mas não me escutarão
Posso andar no limite do meio fio, não encergam-me
Meu olhar quer dizer algo, que ninguém entenderá
Apenas me fazem invisível nesse mundo sem encantos
(saamy)
A solidão impregna meu mundo com sombras nefastas
As cinzas do passado insistem em perseguir-me relutantes
Quero esquecer cada lágrima que em vão deixei rolar
E fazer-me visível nesse mundo de belezas escondidas.
(marina)
O sol que insistem em aquecer este corpo frio
Nada consegue fazer no congelado coração doentio
Palavras póstumas me serão proferidas por hereges
O sorriso no rosto meu, nada dirá sobre mim
(saamy)
Aprisiono em mim palavras que lutam pra se libertar
Meus olhos refletem em sua profunda amargura a tristeza
Que faz meu coração inerte e gélido com torpe doçura
De cada palavra que guarda em segredo até a morte.
(marina)
Eles importam apenas em fazer-me desistir da vida
Sem que minha fulgura de lágrimas não os corrompa
Memórias implantadas de um passado que não me pertence
Eu sempre direi, que não devo pertencer a esse mundo
(saamy)
Posso chorar o bastante para fazer transbordar o mar
Mas nem todas as lágrimas que derramar em minha dor
Mostrariam o quão entorpecido este coração estupidamente bate
E em cada palpitar lembra o quanto desejo que arranque essa dor.
(marina)