Saudade & La Nostalgia

Tudo que já foi dito é pouco...

Dói muito, o vazio é muito maior...

Ela é devastadora, é quase criminosa ...

Deixa a gente tão pequena, bem menor...

É um perfume, uma música,

A noite, o dia, em tudo ela reina...

Faz-nos absolutamente sós na multidão...

Torna a luz do dia escura e fria...

Se tudo isso ela faz, provoca...

Também traz o gostinho do belo,

daquilo que foi bom viver...

Daquele beijo, daquele abraço terno...

Ela é a única certeza de que tudo existiu

E que não foi miragem, nem sonho...

Mas de que adianta essa certeza?

Se só há lágrimas e tristeza em tudo

O que componho...

Mary Trujillo

Direitos autorais reservados

Saudade

Abraça-me nos seus braços

Provocando em mim

A fome daquilo que não pôde ser

Canta-me seu canto

Tangendo aos meus ouvidos

A triste canção de adeuses do ontem

Beija-me com beijos de amantes

Com risos de antanho

Com tardes do sertão

Que ontem percorri

Sopra-me aos ventos para aqueles

Aos que entreguei

A esperança vã do meu coração.

Traz minha infância

Minha primeira namorada

Meus velhos avós que não voltarão.

Pinta-me nos olhos

As árvores quietas

Sob cuja sombra foi

Embora minha infância.

A saudade invade,

A saudade mata,

Ela é a serpente que afoga a fé.

Alberto Peyrano

La Nostalgia

Todo lo que ya fue dicho es poco...

Duele mucho, el vacío es aún mayor...

Ella es devastadora, es casi criminal...

Nos deja tan pequeños, tan escasos...

Es un perfume, una música,

En la noche, en el día, en todo siempre es reina...

Nos deja absolutamente solos en la multitud...

Hace a la luz del día oscura y fría...

Si todo esto ella hace y provoca...

También trae el resabio de lo bello,

De aquéllo que fue bueno vivir...

De aquel beso, de aquel abrazo tierno...

Ella es la única certeza de que todo existió

Y que no fue ni sueño ni espejismo...

Mas, de qué sirve esa certeza?

Si sólo hay lágrimas y tristeza en todo

Lo que compongo...

Mary Trujillo

La Nostalgia

Me abraza en sus brazos

Provocando en mi

El hambre de aquello que no pudo ser

Me canta su canto

Tañendo en mi oído

la triste canción de adioses de ayer

Me besa con besos de amantes

Con risas de antaño

Con tardes de campo que ayer recorrí

Me sopla los vientos aquellos

A los que entregué

la esperanza vana de mi corazón.

Me trae mi infancia

Mi primera novia

Mis abuelos viejos que no volverán.

Me pinta en los ojos

Los árboles quietos

Bajo cuya sombra se fue mi niñez.

La nostalgia invade,

La nostalgia mata,

Ella es la serpiente que ahoga la fe.

Alberto Peyrano

Derechos de autor reservados

Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 27/03/2006
Código do texto: T129340
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