AS FLORES

(Patrícia Montenegro)

 

Era apenas mais um fim de tarde,

O sol já se escondia entre as montanhas,

E o vento trazia o cheiro de mato fresco,

Meu olhar estava perdido no horizonte,

Os pensamentos levados pelos sonhos,

Mas o som do carro de flores,

Despertou-me dos meus devaneios,

Eram tão lindas e viçosas,

De todos os perfumes e cores,

Para quem seriam tão belas flores,

A qual coração encantariam,

A lágrima tão contida enfim rolou,

E o meu olhar perdido ficou,

Naquele momento somente uma certeza,

Ainda não eram aquelas as flores,

Que trariam alegria e amor ao meu coração...

 

Rj, 13-07-05 – 21: 30 horas

 

 

 

AS FLORES

Tarcísio R. Costa

 

Experimenta, com tranqüilidade,

Ir até a um jardim, no final do entardecer

E observa, com ficam meio tristes as flores...

Veja que elas perdem um pouco as cores,

Elas estão cheias de saudade...

 

Já não aparece mais os beija-flores,

As borboletas embrenharam-se no desconhecido...

Não mais aparece o carinho do jardineiro,

Fica só o sereno do silêncio da noite

E o ocaso a esmaecer as suas cores...

 

A beleza das flores é como a paixão,

Seu ciclo de vida é passageiro...

Isso é um mistério da natureza,

Mas, felizmente,  para minorar o nosso sofrer,

Novas flores renascem, como renascem novos amores.

 

Se não te enviarem flores,

Vai ao jardim, e acaricia as suas pétalas,

O seu perfume, é um lenitivo para as dores...

Procura, naquele instante, lembrar de quem amas,

Ele, talvez, por amor, não mexa nas flores.

 

Mas, no amor, a flor é um simbolismo.

Procura sentir do teu amor, o seu olhar.

 Ele, carinhosamente, expressa o desejo de amar.

Por isso, deixa as flores, elas são mais belas no jardim.

Ouve, com o coração aberto, o que diz o teu amor,

 Verás, que esse carinho vale infinitamente mais

Do que o que  simbolizam as flores.

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Brasília, 14 de julho de 2005

Tarcísio R. Costa

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 21/10/2008
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