INOCÊNCIA - RR & Dedete

Ela:

Anjo em pétalas, recebo em ti, a poesia;

Alma encantada, adormecida, por caminhos;

Imaculada virgem, tal qual dia, que se inicia;

Algodão criança, sonho esperança, revoada...

Eu:

Indizíveis ternuras são teus sonhos de seda;

Fina e tênue vereda, que convida tão solene esse poeta;

Que na pureza de teu pensar já se projeta, que teu desabrochar não rejeita;

A te converter do broto à rosa feita, a sorver teu néctar!

Ela:

Trago em mim a inocência de uma flor,

Brilhante e pura ao despertar da primavera,

Que se entrega, emocionada, fascínio e encanto,

Primeiro amor, castelos feitos e quimeras...

Eu:

Flor que meus fomentos se escravizam para si;

A percorrer o teu sorrir com lágrimas de inédito prazer;

A desflorar teu invicto ser, a te propor profundo interagir;

Fazendo o teu temor partir, levando o teu sabor a se render!

Ela:

Em ti encontro , amado sonho em pensamento,

Toda beleza de um príncipe, em feitiço,

Capricho meu, inocente virgem em anseio,

Sorriso aos lábios, amor primeiro, de coração ninho...

Eu:

E teu amado faz-se alado pra te transpor nesse mero pensar;

Quando em teu leito se deitar, para nutrir o céu com nosso amor;

Fazendo mulher aquela debutante flor, inundando seu virgem ansiar;

Pois quando teu poeta te amar, tua inocência será fervor!!

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Querida Dedete, poucas vezes o desfile das letras se dá com tamanha intensidade a ponto de romper as fronteiras da distância geográfica. Mas eis que aqui se deu tal coisa comigo. Prova inequívoca do extremo prazer que me constituiu esse momento. Obrigado linda e talentosa poetisa e que Deus lhe conceda a recompensa pelo privilégio que seu coração me proporcionou. Beijos.

Eu recomendo Dedete:

http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=42602

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 20/10/2008
Reeditado em 20/10/2008
Código do texto: T1238597
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