INOCÊNCIA - RR & Dedete
Ela:
Anjo em pétalas, recebo em ti, a poesia;
Alma encantada, adormecida, por caminhos;
Imaculada virgem, tal qual dia, que se inicia;
Algodão criança, sonho esperança, revoada...
Eu:
Indizíveis ternuras são teus sonhos de seda;
Fina e tênue vereda, que convida tão solene esse poeta;
Que na pureza de teu pensar já se projeta, que teu desabrochar não rejeita;
A te converter do broto à rosa feita, a sorver teu néctar!
Ela:
Trago em mim a inocência de uma flor,
Brilhante e pura ao despertar da primavera,
Que se entrega, emocionada, fascínio e encanto,
Primeiro amor, castelos feitos e quimeras...
Eu:
Flor que meus fomentos se escravizam para si;
A percorrer o teu sorrir com lágrimas de inédito prazer;
A desflorar teu invicto ser, a te propor profundo interagir;
Fazendo o teu temor partir, levando o teu sabor a se render!
Ela:
Em ti encontro , amado sonho em pensamento,
Toda beleza de um príncipe, em feitiço,
Capricho meu, inocente virgem em anseio,
Sorriso aos lábios, amor primeiro, de coração ninho...
Eu:
E teu amado faz-se alado pra te transpor nesse mero pensar;
Quando em teu leito se deitar, para nutrir o céu com nosso amor;
Fazendo mulher aquela debutante flor, inundando seu virgem ansiar;
Pois quando teu poeta te amar, tua inocência será fervor!!
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Querida Dedete, poucas vezes o desfile das letras se dá com tamanha intensidade a ponto de romper as fronteiras da distância geográfica. Mas eis que aqui se deu tal coisa comigo. Prova inequívoca do extremo prazer que me constituiu esse momento. Obrigado linda e talentosa poetisa e que Deus lhe conceda a recompensa pelo privilégio que seu coração me proporcionou. Beijos.
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