Poema quase alheio
Quem me dera meu amor, ah quem me dera!
Se o dia fosse como o luar.
Se o inverno fosse como a primavera,
Mil perfumes ele iria exalar.
Se eu fosse seu amado, ah quem me dera!
Doces beijos em você iria dar.
Novos dias, novos tempos, nova era,
Entre nós sempre iriam perdurar.
Levo a vida à baila, contigo em deleite no pensamento,
O contínuo intenso desejo, enfim causa-me enjôo.
Cedo a olhares estranhos; de ti aparto minguado,
Em festa adiada por outros, saio em ignoto vôo...
Formidável viver desprovido de toda lembrança,
Amando quem me quiser, sem muitas verdades.
Pode guardar o que foi um sonho feito herança,
Vá aos poucos se fartando de infindas verdades.
1º e 2º Estrofes: Valério Márcio
3º e 4º Estrofes: Nelci Nunes