TEMPO... EXISTENCIA... VIDA. (DUETO COM O POETA DO CORAÇÃO, KELLINHO)
O passar da juventude,
Deixou-me a experiência de viver.
Trouxe-me a reflexão para os temas notáveis,
deu-me um olhar suave e de paz, também
impregnou meu coração com o perdão.
Longa travessia jamais esquecida,
antes sempre lembrada com carinho.
Nunca com nostalgia, mas com afeição,
de uma viagem chamada recordação.
Bom é não demorar-se nesse sonho,
e não é ruim demorar-se, e saber voltar.
Temos uma maquina do tempo!
Como, aonde esta? Tal coisa,
na verdade jamais foi inventada...
Ela não precisa ser inventada; isso mesmo,
já nascemos com ela na nossa mente,
é aonde guardamos todas nossas experiências,
e as experiências de todo coletivo mental universal.
É onde o nosso eu está refletido,
em cristais da nossa própria alma,
procurando eclodir-se pelas rotas do infinito,
aonde somos capitães desta nave abstrata e cósmica.
Chamada VIDA!
BARRET.
Vida jovem... esta que passa meu nobre poeta...
passageiros somos da vida passageira
e de passagem passamos
deixando pegadas num presente efêmero
que inevitavelmente serão apagadas pelo futuro
futuro de tantas reminiscências do passado.
E o passado? Passou e sem passado ficamos.
Talvez algumas recordações ficarão
cravadas no coração daqueles que nos quer o bem
até que estes também completem as suas órbitas
ao redor do "planeta vida" e do "planeta morte"
este último, que sempre existiu para ser o fim
e o começo da vida com Cristo.
E aí poeta, tudo terá já passado na vida
que sempre se encontrou ínserida
na entropia cósmica de nosso universo interior
isto mesmo, inserida nesta máxima desordem do
universo "EU"
onde antagonicamente encontramos uma ordem
para "Sermos"
algo que existe hoje
algo que existirá amanhã.
Sermos algo um dia, que já existiu
nesta paradoxal esistência
que de modo não explícito confunde os nossos
conceitos, alvos e referenciais.
Então diante disso,
sejamos nesta nave do tempo existencial, tão
relativos quanto às estrelas
onde as variáveis, tempo e distância nos levam a
vê-las no presente... mas na realidade, as estrelas
que ora vemos,
brilharam a primeira vez
incontestavelmente noutros tempos.
Quem sabe dependendo do referencial
nós também nunca tenhamos existido
de verdade,
talvez no final, olhando para trás,
tenhamos existido só para nós mesmos,
neste atemporal tempo do viver
nesta existência relativa
sem começo e nem fim,
iniciando e finalizando seremos...
Plenos com Deus!!!
KELLINHO!
Salvador,10/10/2008