Recordações
 
Carta.
Ontem eu pude ver o jardim onde costumávamos ficar, nossos nomes ainda estavam lá, marcados como um amor pra vida inteira. Os galhos, tristes, pareciam me olhar, perguntando onde você está.
Não pude responder. Tentei apenas lembrar, recordações que me fizeram chorar. As folhas que me olhavam, caiam sem parar, tentavam acompanhar minhas lágrimas...
E ao tocar o chão, o capricho do vento parecia junta-las em forma de coração... A nossa árvore amor, parecia lembrar e ao mesmo tempo perguntar, Onde você está? Onde você está?.
No silêncio da minha resposta, o jardim inteiro se calou... Apenas a chuva que chegou apagou minhas lagrimas...  O frio que ficou me fez entender que aquele lugar vazio não faz mais sentido sem você..
       (Di’ Vitor)
 
         
Resposta.
            O nosso jardim, o lugar mais lindo em que nele depositamos nosso amor. Como eu deixe morrer assim? Tanto plano lembra? Eu apenas os desfiz como vento que ainda visitam meu triste rosto em dias ensolarados.
            As flores silvestres que lá habitavam secaram pelo minguar do nosso amor, que mesmo assim tive que destruir. Apenas hoje folhas secas, fazem parte daquele lugar tão lindo em que o meu menino me jurou amor eterno.
            No chão o pequeno desenho de um coração, fez com que minh’alma viesse a ser partir ao imaginar as lágrimas caindo em seu doce rosto. As nossas iniciais gravadas naquele antigo carvalho me confidenciavam que você estivera lá, a perguntar por mim.
            A resposta tão esperada tardou a chegar ao teu coração. O amor teu se foi para longe, quando meu acalento resolveu retornar ao nosso ninho de amor. A chuva então beijando minha face, me fez entender que aquele jardim não é o mesmo sem você... Saudades.
 
                                                                                                                      (saamy)
Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 01/10/2008
Reeditado em 01/10/2008
Código do texto: T1205258
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