ESPELHOS DA ALMA (c/ Marta Rodrigues)
Para quê tantos espelhos
Se a alma sabe há quanto eu vivo...
Que diferença tem a beleza efêmera do corpo
Se a minha mente cala diante da minha velhice...
Estou envelhecendo sim
Os anos marcam suas presenças sobre mim
A minha pele já não tem o mesmo viço...
O meu corpo não possui mais curvas tão belas
E os meus músculos se enrijeceram
No rosto, notam-se os vincos de uma vida sulcada pelo sofrimento
Mas de muitos anos bem vividos
E os meus cabelos feito a geada do inverno – encaneceram...
No entanto a tola de minha alma não envelhece...
Ainda tenho nos lábios o sorriso jovial que te chama
E nas manhãs a disposição do amor
E no coração aprendi a cultivar a paz
Fruto do amor que teima em crescer no meu coração...
Eu não quero envelhecer, pois estarei fechando os olhos pra mim
E para a grandiosidade da vida que há no mundo...