ESPELHOS DA ALMA (c/ Marta Rodrigues)

Para quê tantos espelhos

Se a alma sabe há quanto eu vivo...

Que diferença tem a beleza efêmera do corpo

Se a minha mente cala diante da minha velhice...

Estou envelhecendo sim

Os anos marcam suas presenças sobre mim

A minha pele já não tem o mesmo viço...

O meu corpo não possui mais curvas tão belas

E os meus músculos se enrijeceram

No rosto, notam-se os vincos de uma vida sulcada pelo sofrimento

Mas de muitos anos bem vividos

E os meus cabelos feito a geada do inverno – encaneceram...

No entanto a tola de minha alma não envelhece...

Ainda tenho nos lábios o sorriso jovial que te chama

E nas manhãs a disposição do amor

E no coração aprendi a cultivar a paz

Fruto do amor que teima em crescer no meu coração...

Eu não quero envelhecer, pois estarei fechando os olhos pra mim

E para a grandiosidade da vida que há no mundo...

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 26/09/2008
Código do texto: T1197738
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