O DESDOBRAR DO AMOR

Tentar tentei

Não consegui

Morte à raiz!

E florada agora incerta

Contrária à primavera

E estações afins...

Palor agora

Nas folhas mortas

Ao léu dispersas...

Inversa ao que sonhei

Secura do deserto

E o sangue deste feto

A condenar a grei...

VÃ MÍSTICA

Semear? Semeias,

E sementes

Carecem do podre e dos sins

E se na areia jaz o sangue

É no céu que a primavera desencadeia

E no que morre a semente, nasce o ritmo.

Nas águas o sal da face, e aguarde...

Pois nas tuas mãos... Esta a sorte.

E com que milagre, o fel da seiva

Amarga o fruto dos teus dízimos ofertados?

És nascida da semente do pai e assim é.

E se careces do assombro!

A vida é sim, eterna! Se primavera é. Se tua á escolha!

Flores colhemos, mesmo que floresça entre espinhos

Mãos feridas sempre teremos,

O beijo de hoje tem o sabor de agora

Pois de ontem não mais sabemos

A vida é estilingue de menino azougue

E a pedra lançada de nosso coração foi retirada

O sonho é partido e em parte somos

O bem nascido, se nasceu esta escondido.

Nasci contigo, do mesmo feto! Nosso umbigo

Ainda não é partido e nossa mãe nos alimenta.

RABE

Olimpio de Roseh
Enviado por Olimpio de Roseh em 25/09/2008
Código do texto: T1195879
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