DOIS LADOS DA MESMA MOEDA
EM TUAS MÃOS
Sábio é o tempo
Que com mãos divinas
Cura... cicatriza
Escondendo marcas
Que corroem
Um coração doente
Sabio é o tempo
Que conhece as dores
De uma vida vazia
De olhos sem lágrimas
De alguém
que não mais sabe chorar
Por quem tanto ama
Toma-me em tuas mãos
Oh... divino e majestoso tempo
E me conduz além do infinito
Deixa-me perder
Por entre as côres do arco-íris
Para que de amor eu possa
Me deixar morrer
E antes que o sol se vá
Não me permita mais
De amor
Sofrer...Nay
Não, o tempo não é sábio,
o tempo é sádico.
Ele passa por nós rapidamente,
deixando suas marcas veementes.
Ele só existe,
para torna-nos, amargos e tristes.
Não entregue teu coração a ele...
deixe que eu cuide dele...
Como posso acreditar,
depois de tanto a ele suplicar
que ele é meu amigo?
Ele passa inexorável por mim,
e com todo gosto,
vai marcando com sulcos meu rosto.
Não aceita apelos,
e pinta de neve meus cabelos...
Ele nunca foi meu aliado,
quando muito ficou a meu lado,
pouco se importando
que eu me sufocasse
sequer ficou velando
Para que eu te encontrasse
E agora você quer
fazer dele o altar
para colocar seu coração
e livrá-lo da dor?
Não faça isso não!
Imploro-te, por favor...
Pois o altar do tempo,
é uma pedra de sacrifícios,
onde somos imolados
sem piedade,
com excessiva maldade...
marco orsi