Águas doces
Na cortina de águas turvas,
finas, prateadas e frias,
resvalece um som brando
que absorve e personifica a vida.
Ao cair moroso da chuva,
secam os olhos famintos
e pesam as murchas pálpebras
por tão vorazes lembranças.
(Emanuelle Beninca)
Memórias efêmeras do passado,
relapso do corpo agora morto,
na essência do sentir funesto.
Lágrimas não proferidas matizes
na lamúria chuva torrencial
que emana dos seus olhos.
(Saamy)