Águas doces

Na cortina de águas turvas,

finas, prateadas e frias,

resvalece um som brando

que absorve e personifica a vida.

Ao cair moroso da chuva,

secam os olhos famintos

e pesam as murchas pálpebras

por tão vorazes lembranças.

(Emanuelle Beninca)

Memórias efêmeras do passado,

relapso do corpo agora morto,

na essência do sentir funesto.

Lágrimas não proferidas matizes

na lamúria chuva torrencial

que emana dos seus olhos.

(Saamy)

Manu Nin
Enviado por Manu Nin em 11/09/2008
Reeditado em 09/10/2008
Código do texto: T1173329
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