AMOR A SUPREMA ESCOLHA
Ventos e adventos,
Raios de sol à manhã, raiada...
Abelha à flor,
A sugar do néctar...
Meu olhar na imensidão do Universo...
Ah, fosse neste instante
Meus pobres versos
Mãos que estendo e toco sobre a face do mundo
Em carícia e afago...
Mas, tão só um rogo...
Sopro exausto e mágico
Vida que entrego
Como pobre oferenda
Em fuga ao trágico ocaso...
Se pudesse permanecer...
Mesmo gota d água,
Ainda assim, representante do Supremo...
E concluo:
Tudo vale,
Se ao Verbo, em reverência!
E tanto faz,
Ir...
Permanecer...
ANA MARIA GAZZANEO
Permaneças!
E sintas o advento do novo mundo
Que nos sossegará com o vento da quarta estação
Colheremos frutos que não serão proibidos
Doaremos do nosso coração cada parte escolhida
Pelas mãos pequenas da infantilidade que não será pervertida
Pelo assombro do mundo antigo.
Voaremos fraternos em céus límpidos
E nossa boca será sempre úmida com o melífluo de nossas
Palavras promissivas
Nossas oferendas os anjos receberão,
E não careceremos do pedir perdão.
Nossos abraços?... Só de coração e jamais da comiseração!
E loucura será; olhar sem ver!
Tocar sem sentir
Rir de mentir
E Deus não será pagão no mundo de deuses escolhidos
RABE