Dos encontros e dos pespontos ( á uma amiga)
Ás abelhas o mel
O fel ao Fel
O sal não é igual é só sal
A dor é só ritmo
O passo adiante pede o hirofante
Caminhas e olhe o sol
(carecemos de ve-lo)
Nada mais pungente que o corpo incremente
Que ao chão vai:
Liquido gás e nada mais
Molécula a molécula comemos
O que antes bem dizemos
Sois o sopro e meu mote e não nos vemos...
RABE
Paridos à dor...
Gerados em noite solitárias,
Geridas minha prole
Atesta a minha cara!
Minha tara é conceber...
Versos, faíscas, fogos em lumes escarlates...
Em vestir em fraques, estolas e véus de seda pura...
Integrar à dança espúrea
Dos dias,
Que sobre tudo caem
Infernais...
E depois
À um canto escuso, assisto apenas
De camarote
O rosnar do universo à roda-mó
Diante do meu lábaro,
Seguido dos meus exércitos esforços...
Coersão exerço,
Amarrado aos cipós...
História é coisa que escrevo
Ao sopé da ondina em loucura!
E à pira inda acesa
Coesa ao absoluto
Una a ti, num átimo, reflito...
Coisa só!
Somos!
Sim, unos...
E não nos vemos!
ANA MARIA GAZZANEO