NA CORDA BAMBA/PRISIONEIRO
NA CORDA BAMBA
Helena Serena
Como malabarista
Andando na corda bamba
Vou driblando a vida
Vou driblando meus pesares
Vou rimando poetares
Vou fazendo malabares
Sou poeta e sou palhaço
Faço rir, às vezes chorar, sem embaraço
Traço a vida, o destino
Só não traço meu compasso
Ando a esmo em descompasso
Não consigo acertar o passo
Na corda bamba me equilibro
Não deixo a peteca cair
Relaxo o corpo
Inspiro, expiro
Solto meus fantasmas
Meus medos, meus traumas
E devagar, bem zen
Me reconduzo a mim
Me reconstruo
Não mais na corda bamba
Mas a_corda_ndo pra Vida
Vou fazendo minha sina
Escrevendo meu destino
Vou me equilibrando
Aprendendo
Reaprendendo
Ensinando...
Vitória/ES - Em 20/08/08 -
Li a bela poesia PERIPÉCIAS da grande poeta H LUNA, me entusiasmei e inspirada nela fiz este poema.
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PRISIONEIRO
Oklima
Sou prisioneiro do quotidiano,
de uma cadeira sem braços e cansaços,
que simplesmente gira para o nada;
de uma máquina maquinando silêncio,
à espera de um toque para que viva;
de um telefone que enrosca nos fios
os segredos de muitas falas.
Sou prisioneiro de mim,
dos artifícios do amor
que nos meus versos proclamo.
Condenado, por quem amo,
a viver só de lembrança,
trago em minha identidade
sonhos vãos de liberdade
e a incerteza da esperança.
Odir, de passagem pelo sereno poema de Helena
Grande poeta, agradeço sua interação ao meu poema.
Tua participação trouxe luz e movimento ao meu texto.
Obrigada mesmo e um grande beijo no seu coração
Helena Serena