Antares
Há pessoas que entram em nossas vidas e mudam tudo o que encontram pela frente de uma forma que jamais esperamos... tornam o que era desconhecido essencial... mudam nossa maneira de ver, ser e sentir, fazem com que olhemos para a lua e lembremos da proximidade das pessoas, mesmo que distantes, fazem com que olhemos para o céu em busca de constelações e não mais simplesmente para ver as estrelas, fazem nos embriagar em nostalgia ao lembrarmos da música que harmoniosamente dois corpos dançaram perpetuando o momento em nossos corações...
...Por isso não há como descrever o que penso, é difícil encontrar palavras que descreva aquele sentimento que confunde a cabeça, que adquire o poder de fazer tudo parecer mais bonito e simples, e ao mesmo tempo muito complicado devido a riqueza de detalhes que começamos a perceber as coisas, espero sempre sentir isso, pois esse tal sentimento me faz grande e poderoso, mas no entanto, vou do céu ao inferno em um misero segundo, quando descubro que tudo pode não passar de ilusão...
...Não quero pensar que seja ilusão, que chega nos anestesia, purifica, alegra, fere e as vezes destrói... quero pensar que vivi e foi para valer e que a brilhante luz de cada amanhecer seja renovada pela saudade que nos desperta e impulsiona a querer reviver cada dia...
Quero acreditar que o que senti não foi apenas no hoje, que o que ouvi foram palavras sinceras proferidas por quem nunca me magoaria, que as mãos que me tocaram suavemente, essas nunca me feririam.... que os braços que me deram seu calor nunca deixassem de me abraçar e proteger, que seus olhos estivessem sempre a olhar na mesma direção que os meus, pois meu maior medo é perder o que de melhor acreditar ter conquistado...
...Acontece que agora é tarde para acreditar que meus olhos me enganam, quero petrificar os acontecimentos e renovar minhas esperanças, essas há algum tempo adormecidas devido a fatos que me causam náuseas por fazer sentir que sou apenas um telespectador sem ter como lutar ou simplesmente opinar para mostrar meu descontentamento, mas assim sigo, aquecido por algo que nunca senti...
05/10/2007
Dueto By Danny Pádua e André Maia
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