Medos... Dueto: Enise & Hilde
Não tenho medo do amor...
Tenho medo é de amar errado
Do abandono... Vazio e solidão
Que vaga em minhas veias... Mas por fora incendiado
Medo que nasce e cresce...
Quando a solidão floresce...
Um medo que assusta... Aparece
Ajusta-se no vazio...
Das horas injustas... De frio
O medo do sem e seus poréns
O medo de quem e nada tem
E sela os caminhos das flores...
O medo que grita e clama
Que toda hora me chama
Atrás de quais amores?
Aqueles que não tive... Que não vivi
Por medo de amar alguém... Sofri
Todas as vezes que de medo morri...
De cada medo que fui... Reparti-me
E ainda estou aqui... Sem ir
Com medo de ficar ou partir...
Ao me dar... Vem o medo...
De ser o mesmo do receber...
Angustia puxa uma coragem...
Para não sentir qualquer medo
Ao fazer da vida um simples enredo
Que o medo vingue-se na vadiagem
Seja ali ou em qualquer viagem
Que eu faça para o além de mim...
Não quero encontrar o mesmo medo em você...
Assim... Assumo esta coragem de sentir o medo...
Entre os nossos segredos...
Tua valentia... Tão camuflada quanto a minha...
Arranca todos os medos... Vestidos de fantasias...
O medo vencido na entrega... Entorpecido
Será que o medo permeia o que não vejo?
Será que fui só arremedo do que solfejo?...
Será que sou...
Meu próprio medo...
Será?
Dueto: Enise & Hilde