AINDA É PRECISO
Nos descompassos da dúvida e da fé
Dos encontros de almas entorpecidas
Nesses caminhos penosos, as subidas,
Que seguimos entre a solidão e a maré:
Da esperança são as vagas prometidas
A fenecer...a renascer...em pé!
A nuvem negra, do medo de viver
Se aproxima, alteia, envolve e cerca
Escurecendo o destino que se alterca.
Nossa retina recusa-se a saber
Mas é preciso aceitar da vida a perca.
Ainda crer...que tudo a Deus vai ter!
Vamos seguindo, corações ao alto
E acreditando que o novo dia diga
O que é preciso, tal água que irriga
A caminhada por pedras e asfalto.
A vida anda, passa, e nos castiga
Nunca pára...salto e sobressalto!
GONÇALVES REIS
ZELDA
(Canções de Amigos - 2008)