Xama Desvairada
Há uma chance de ser feliz
Esperando tua alma me possuir
Com as garras aveludadas pressionando meus quadriz
Segura firme minhas nádegas e me faça sentir
Em cada curva teu desejo latejando em mim
O eco faz o meu corpo emergir
Mergulha em meus lábios não consigo resistir
Minha boca tem sede de ti engolir
Explode teu vulcão dentro de mim
Deixa que eu seja tua escrava
Apaga minha XAMA DESVAIRADA
Depois de queimar até a'lma
Espalhe as cinzas perfumadas
E desperte novamente tua amada.
Na sucção voraz – nessa loucura
Fazendo-me gemer sem sentir dor
As mãos macias brincam com furor
Devota posição – malícia pura...
E falo que sugando sem frescura
Degusta o fruto em gana – num ardor
Desse desejo queres o sabor
Na boca à lembrança que perdura...
A língua lambe lânguida – ligeira
Um estremecimento a alma inteira
A perna que fraqueja ao jorro dado...
Ah quão reconfortante o carinho
Depois sorri-me e diz-me de mansinho:
“Adoro ver o leite derramado!...”
XAMA
GONÇALVES REIS