Inexistência
Entendi tudo o que quis dizer
Mas me resvalo no meu sofrer
Meus sonhos ficaram pelo caminho
Seguirei perambulando sozinho
Não importa quem está certo ou errado
Se você não mais está ao meu lado
Do amor que existia entre nós dois
Nenhum resquício dele ficou para depois
Encontro-me do amor, desprovido
Meu ser naufraga em todos os sentidos
Já nem ao menos ouso lutar
À triteza irei me entregar
Sem você, confesso, estou perdido
Dos caminhos do amor, fui banido
Minhas orações não alcançam o céu
Eu vivo ao relento, jogado ao léu
Não consigo encarar o meu reflexo
O que outrora era fácil, hoje é complexo
Minhas palavras ficaram presas na garganta
E na inexistência do teu amor, minh'alma suplanta
Dístico composto em inspiração, após leitura do fabuloso dístico da nobre poetisa, Lia Fátima - RABISCOS.
Leiam-na. Ela é formidável, como sempre!!!