SEM VIÉS

Não! Isso tem que ter outro viés,

Assim, se troca a mão pelos pés.

A lúcida lucidez, lúmen da alma.

Lastima as sombras na noite alva.

Sim! Isto pode obliterar o horizonte.

Cerrando os olhos em hirta fronte.

A doce doçura, traveste vaidades,

Vulto sombrio, em ignota saciedade.

Cala! Vista os sonhos despudorados,

Cabisbaixos, imergimos magoados.

Não! Isso poderá ter outras fés.

Assim, alhures, a vida é sem viés.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 18/04/2024
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