O Expressar
Nada neste mundo está concluído,
Tudo tem de estar sempre em movimento.
Com a relva inquieta, me assemelho;
Com o vento que está sempre soprando.
Tudo no meu coração está em paz e em silêncio,
A varar os dias e as madrugadas na claridade.
Não existe lugar que nós podemos ir,
Mas temos que nos manter em movimento.
Queria se esquecer neste eterno roçar,
Neste perpétuo brincar e neste transformar infinito
Dos gatos, da grama, das nuvens, das coisas;
Mas é preciso se levantar e caminhar sobre o mundo.
E apanhar que esta vontade não muda;
Dentro e fora, ela apenas se metamorfoseia.