EXTERNO INTERIOR
Meu verso oculta o vulto das sombras,
E as entrelinhas minhas, a luz do luar.
Devéras pulsasse em verve devassa,
Por quimeras meras, de servil sonhar.
Palavras enclausuram o tempo,
E no futuro, juro, devaneio utopias.
Vates, prenhe de memes genótipos,
Onde a semente mente, pare poesias.
Bardo, cantarola melodiosos fenótipos,
Que das entranhas sanhas, só: eclode.
Minhas rimas têm os sons das almas,
Que lautos espíritos míticos mistificam.
Meu anverso vela a senda de Janus,
No externo interior, tal augusta flor.