EXTERNO INTERIOR

Meu verso oculta o vulto das sombras,

E as entrelinhas minhas, a luz do luar.

Devéras pulsasse em verve devassa,

Por quimeras meras, de servil sonhar.

Palavras enclausuram o tempo,

E no futuro, juro, devaneio utopias.

Vates, prenhe de memes genótipos,

Onde a semente mente, pare poesias.

Bardo, cantarola melodiosos fenótipos,

Que das entranhas sanhas, só: eclode.

Minhas rimas têm os sons das almas,

Que lautos espíritos míticos mistificam.

Meu anverso vela a senda de Janus,

No externo interior, tal augusta flor.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 31/03/2024
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