Deitado abraçado ao meu violão,
Olhar minguado, sem inspiração.
Tento tocar uma Cantiga de Amor,
Dedos calejados, mau compositor.
Rabisco um papel, letras miúdas,
A canção não vem, aí peço ajuda,
Aos mestres Tchaikovsky e Bach,
Tão clássicos como ondas no mar.
Penso, repenso, tangencio, refaço,
E nessa inconstância, afã e abraço.
* Poesia dedicada aos nobres amigos compositores e musicistas aqui do RL.