PHOENIX
Coloquei no varal do tempo minha alma lavada,
Dependurada, gotejando lagrimas e saudades.
De meu tamborete sentado contemplava o que não fiz.
Postura antípoda de arrependimentos vis, imaturos.
Recolhi no entardecer minha alma desidratada de lágrimas,
Mas me permanecia saudoso, mudo, amarrotado e choroso.
Entrou a noite e me desfiz na escuridão do reino de Nix,
Procurando às cegas um portal que me levasse além de mim.
Depositei no banco da vida minhas últimas expectativas.
Lavarei novamente minha alma até sair todo desamor e dor.
Essa amargura angustiante instiga que me abandone solene.
Quão o trocar de pele da serpente do saber: Phoenix ser!