Sopro dos ventos
Em que direção sopra agora o vento?
Assim procede o meu alado coração.
Como companheiros ébrios à deriva,
Venturoso vento, sempre gentil me ajuda.
Éolo galantemente soberbo me sorri,
E me afaga o rosto se estou feliz.
Séfiro calmamente lúdico me acolhe,
E me leva sereno ao porto dos amores.
Aquilon gelidamente krio e invernal,
Socorre fria ação, quando quero o mal.
Vulturnus tempestosamente subsume,
Quando em lágrimas de dor me afogo.
Auster permeia quente farto e úmido,
Quando pressinto o ardor da paixão.
Éolo garbosamente me compele
Pelas costas, quando paro por receio.
Em minha direção sopra o vento,
Tal prana na vital vida de emoções.
Moro nas asas endeusadas dos ventos,
Más, sigo sempre, meu cúpido coração.