FURNAS's LAGO
Lago que alaga de belo, olhos e corações que o contemplam.
Espelho d'água lêntico que frui abissal em lúdico luar.
Água que deságua docemente nos jusantes, berços oceânicos,
E volta no mar do céu, compartilhando - maná - no adama fértil.
Álveo cujo depurado epilímnio flui no exorreico talvegue sinuoso.
Água, imanente molécula polar, integra a vida, íntegra pureza.
Netuno, Asopo e Nereu, divindades das águas por nós creadas.
Nereides encantam, mergulham. Nego d'água - lenda - inverídica?
E canoando no piscoso ambiente pelágico e lar de fauna sadia,
Vaga serenamente, rema-se sem querer chegar, apenas integrar.
Margens em águas calmas - plácidas - remansadas, ondeadas;
Onde ondinas, ninfas, duendes e homens, no poente, proseiam.
O sonhar nutre nas mineiras águas, e nas profundezas, remição;
Lá os Bentos no hipolímnio digerem e mineralizam a vida.
Lago que alaga de verve os vates que acalentam poesias.
Espelho que engole o firmamento e reflete semiose e paz!