SAIA BRANCA
A saia branca da moça morena,
donaire insinuante, em vento travesso.
O sorriso pleno em morena boca,
alumia deleitoso, desejosos lábios.
O olhar trigueiro da morena mulher,
irradia sutileza; verdes ímãs devassos.
Prazerosamente indiferente dança,
alheia aos febris flertes flechados.
Naturalidade que encanta: - pulcritude.
Areia demais...! Sinastria cupida.
Me faria atrevido, sorrateiro vento,
envolvar em você é sonho que sonho.
Branca bandeira: - a saia atiçante
- hasteada - rebela pudicos corações.
Assim passam adolescentes horas.
Assim procuro meu lamentoso muro.
Saia branca da amorenada efígie;
não saia de minha saudosa saudade.