SAIA BRANCA

A saia branca da moça morena,

donaire insinuante, em vento travesso.

O sorriso pleno em morena boca,

alumia deleitoso, desejosos lábios.

O olhar trigueiro da morena mulher,

irradia sutileza; verdes ímãs devassos.

Prazerosamente indiferente dança,

alheia aos febris flertes flechados.

Naturalidade que encanta: - pulcritude.

Areia demais...! Sinastria cupida.

Me faria atrevido, sorrateiro vento,

envolvar em você é sonho que sonho.

Branca bandeira: - a saia atiçante

- hasteada - rebela pudicos corações.

Assim passam adolescentes horas.

Assim procuro meu lamentoso muro.

Saia branca da amorenada efígie;

não saia de minha saudosa saudade.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 09/08/2020
Reeditado em 29/09/2020
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