OLHAR NA RESTIA
OLHAR NA RÉSTIA
Detenho o olhar na réstia, no dado instante
em que o ocaso, simboliza a beleza do sol
no fim da tarde, e o silêncio, mais constante,
rompe-se agora, com o canto do rouxinol.
Some-se a réstia, mas a vejo no sol interior
que me ilumina; sol espiritual que me leva
para irradiar-se, como a luz solar exterior,
que, de seu centro astral, doa-se sem treva.
Canta o rouxinol, olhando o ocaso tão belo.
A imensa réstia solar embeleza o horizonte.
Lança-se, a minha alma, num claro anelo
de alcance espiritual do ocaso fascinante.
Cai a noite. O rouxinol silencia o seu canto.
Deus transforma o ocaso em céu estrelado.
E minha alma voa entre os astros, enquanto
o meu corpo físico agora dorme, sossegado.
Adilson Fontoura