POESIA FLUVIAL

POESIA FLUVIAL

Tento me lembrar quando um dia escrevi,

acerca da paz das horas olhando esse rio;

fascinado pela destreza do colorido colibri

pairando no ar, com a aparência de vazio.

Tento me lembrar, porque imensa saudade

eu sinto, da poesia que emergia tão calma,

das águas do rio, e eu sentia a tensa vontade

de te-la, como um rabisco de poema na alma.

Então eu digo, que a paz das horas continua

a mesma, cada vez que eu vejo um novo rio,

e lembro-me que a poesia não se extenua,

doando-se sobre suas águas. Sinto um calafrio

de saudade, que se renova, olhando a paz

das horas fluindo nas correntezas fluviais.

E a grata lembrança que esse rio me traz,

faz com que eu não o esqueça jamais.

Como lembrá-lo num poema, como agora,

ou num tempo de esperançosa saudade;

da paz, olhando esse rio, a qualquer hora,

e da poesia fluvial, renovando-se em poética realidade.

Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 02/02/2020
Reeditado em 25/07/2021
Código do texto: T6856321
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