O AMOR DA GENTE
O AMOR DA GENTE
Deixa-me cantar a poesia que me vem no momento,
em que o poema a espera pra fluírem juntos no rio;
deixa-me navegar com minha amada, ao leu do vento,
sobre o rio, envoltos num amor poético de muito brio.
Amar é também sentir o amor recíproco livremente,
como o rio amoroso, a correr fiel no rumo do mar;
no barco, lar flutuante no rio, vibra o amor da gente,
como nuvens que se tocam, sendo levadas pelo ar.
Vão-se as horas como cúmplices no rio, dos amantes,
sem que queiram aportar em algum porto fluvial;
poesia e poema, olham comovidos, os navegantes
sobre o rio poético, numa aventura de amor real.
E assim, poesia e poema navegam, como amantes
poéticos sobre o rio, nos instantes das horas casuais;
unem-se, movidos por sentimentos tão edificantes,
que consagram o amor entre dois amantes triunfais.
Adilson Fontoura