POETICO AMOR
POÉTICO AMOR
Às vezes a poesia me olha,
sem que eu ainda lhe veja.
Decerto quer que lhe acolha,
qual um poema que lhe beija.
Como árvore que se desfolha,
na estação que não lhe viceja.
Espera a árvore a sua refolha.
Coça-me a poesia qual brotoeja.
Vão-se as horas e você sente,
poesia, que o poema é feito
na paz de nossa vontade silente.
Pois entre nós, não há o defeito
que nos conduz ao desamor.
Nos olhamos com o coração
bondoso e cheio de inspiração.
Unidos num poético amor!
Adilson Fontoura