A PAZ
A PAZ
No limiar do novo dia, parece que a paz
tenta manter-se nas ações humanas.
Durante a noite, cuja paz manteve-se
tímida, enquanto a maioria das pessoas
dormiam, ela apreendeu-se com a violência
premeditada das gentes criminosas.
Assim, a paz vive apenas de sua aparência
pacífica durante as noites e os dias.
A paz, por enquanto, é sempre um céu
distante de ser construído em cada alma
que se compraz com a predominância
de seu inferno interior, de luz obscura.
Mas espera-se que a paz esteja sempre
presente no coração de cada novo dia,
de cada nova noite, ofertando para cada
alma arrependida, a alegria da paz divina.
Porque a paz divina é eterna nas noites
e nos dias, esperando que as almas
deixem de serem violentas, bastando
que, deveras, amem-se umas as outras,
achando-se enfim, com o alcance
ditoso de suas vidas pacíficas.
Adilson Fontoura