dísticos nada rotulares
desata o nó sem data
nó que sufoca e mata
corra a escória no grito
evita o destino maldito
junta contas pra outro colar
não apara as asas pra voar
sem demora chega a hora
vem a chaga já não devora
não canta pra convencer
espera outro amanhecer
vileza espalha sementes
nos corações nas mentes
maldade ganha as ruas
fundada em falcatruas
no seio da fraternidade
imiscuiu-se a leviandade
procura quem sonha ainda
e crê que a mentira finda
abraça estreita e aprecia
carrega as baterias sacia
tempos deveras bicudos
não importa o conteúdo
razão cansada e cega
ignorância nos carrega
palavra bate no muro
neste dia cada escuro
acredita e a fé ilude
a malícia da virtude
da ciência o terror
no ódio falso amor
impera a aleivosia
não resta fantasia