APENAS
 
Sem certezas nem centavos
Destravo minha poética loucura
 
Sem sentido nem solvente
Sigo em frente sempre rente
 
Nada me cerca, nada me cega
O mundo me nega e eu nada tenho
 
Sou apenas essa alma vazia
Que rodopia... rodopia... rodopia...
 
O vento me bebe feito veneno
Sou pequeno grão de poeira no cosmo
 
O verso do Poe me define
Eu me definho em cada taça de vinho
 
Sou apenas uma rima imperfeita
Que o poeta rejeita na primeira revisão
 
Sou apenas a letra que não encaixa
Em nenhum alfabeto, em nenhuma endeixa
 
...sou apenas...
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 14/12/2018
Código do texto: T6527221
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