APRISCOS DO COTIDIANO
É preciso dizer ao amor que ele pode fazer
Muito mais por nós dois que contatos de pele
Somos crianças tateando o tapete da realidade
Fazendo descobertas e atravessando o cabo das tormentas
Queremos aprender a respirar o aroma das flores
E ouvir a música que há em Fernando Pessoa
É preciso dizer ao amor que ele pode fazer
Algo para nos transformar em príncipe e princesa
Somos sonhadores construindo castelos de areia
E acreditando que as estrelas brilham somente para nós
Mas o amor parece não acreditar que podemos amar
Quando nos prende em apriscos do cotidiano