CONTEI
Começo a contar um fato...
Que passa num simples ato.
Um conto que fala do canto...
Que vira um intenso pranto.
Um pranto que rola da face...
Que seca num simples passe.
Um passe que é quase perfeito...
De um tempo que foi eleito.
Eleito num dia futuro...
Que hoje é taciturno.
Num futuro vivido no tempo...
Que é passagem e sentimento.
Passagem que não tem volta...
E a vida não suporta.
Contei a passagem aqui...
Aquela que já vivi.
Contei um fato importante...
Aquele que é instigante.
Quem sabe conto o amanhã...
Na simples esperança vã.
E talvez fale do agora...
Que passa nessa hora.
E espero contar da emoção...
Que segue na ilusão.
E então conto do viver...
Que é a espera de todo ser.
É quando não puder falar...
Já contei o que tinha de contar.