GUERRA E PAZ
GUERRA E PAZ
Guerra nasce com a razão, produto da civilização
Paz é falsa condição para esconder a submissão
Guerra, em Homero, faz parte do homem sincero
Paz, no austero, abranda comportamento severo
Guerra é necessidade, mesmo com vil atrocidade
Paz é contingência da vontade, busca a liberdade
Guerra traz sofrimento na essência do movimento
Paz recusa a dor do lamento, é casto sentimento
Guerra é tragédia que Tolstói exalta no justo herói
Paz não destrói, é central no romance que constrói
Guerra procura poder, presente na ambição do ser
Paz vai transcender a todo aquele que depreender
Guerra em Hobbes é natureza social e sua crueza
Paz é contrato com firmeza realizado pela nobreza
Guerra como arte, serviu de guia para a monarquia
Paz, para além da utopia, é argumento da fidalguia
Guerra é moral sem conteúdo, o mundo fica sisudo
Paz oferece o escudo para a agressão sem estudo
Guerra não tem sentido, seu propósito é descabido
Paz deixa tudo colorido, num mundo mais divertido
Guerra é beócia disputa que a paz resolve sem luta
Guerra e paz está na humana labuta e sua conduta
Marco Antônio Abreu Florentino
Poema dístico que faz homenagem a uma das mais importantes obras da literatura universal: Guerra e Paz, de Leon Tolstói. Romance volumoso de inigualável magnitude sobre a história das guerras napoleônicas na Rússia, em que o autor faz uma minuciosas análise sobre a natureza humana em quase todos os aspectos: histórico, psicológico, filosófico, antropológico, político e sociológico... enfim, uma obra literária genial escrita pelas mãos humanas.
https://youtu.be/9cNQFB0TDfY
(Tchaykovsky - A Morte do Cisne)