CAUSAS PERDIDAS
Nunca me sentei na cadeira de réu,
Mas fui muitas vezes condenado,
Nesta praça pública,
Sem ser culpado.
Perdi muitas causas sem ser culpado,
Sou produto desta sociedade,
Que me tem prejudicado,
Não tenho maldade.
Nunca ninguém me explicou as culpas
Que não tenho, não me lembro
De ter feito algumas juras,
Nasci em Setembro.
Setembro é o mês dos dotados de Fé,
De bom senso e de afectos,
Gostam de chá e café,
Adoram sorvetes.
Tão bons gostos fazem esquecer defeitos,
Que não devem ser punidos
Em causas perdidas,
São os meus jeitos.
Causas perdidas para mim são vitórias,
Porque nunca foram provadas
As acusações lançadas,
Com falsas histórias.
Ruy Serrano - 11.11.2014, às 17:00 H